[A Mão Apertada]

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Ao longo de sua carreira, Rodin fez uso constante de fotografias para analisar seu trabalho, mas na década de 1890 seu interesse se estendeu além de sua função puramente utilitária. Rodin reconheceu em Eugène Druet, um fotógrafo amador dono de um bar do outro lado da rua de seu estúdio, um talento para interpretar sua arte, e os dois começaram uma colaboração produtiva no final da década de 1890. A retrospectiva da escultura de Rodin, realizada em seu pavilhão pessoal na Exposição Universal de Paris em 1900, incluiu setenta e uma imagens do fotógrafo. As relações entre os dois artistas não foram, no entanto, sem tensão, e depois de 1903 sua colaboração quase cessou. Fascinado pelo poder expressivo da mão humana, Rodin criou muitas obras onde a mão, como forma independente, torna-se uma afirmação escultórica. "A Mão Apertada", feita por volta de 1885, é um bronze pequeno, com 18 1/2 polegadas de altura. As fotografias que Druet fez dela cerca de dez anos depois são um exemplo característico, embora extremo, de sua encenação teatral, muitas vezes sombria, da escultura de Rodin. Na série, a mão parece emergir das dobras de um cobertor de flanela branca, como se fosse um vestido de inválido. O material e o tema da escultura às vezes são dificilmente reconhecíveis; essa imagem em particular sugeria a Rodin e seu secretário, René Cheruy, algum monstro antediluviano rastejando sobre as areias do deserto. Que é também uma mão decepada em espasmo final é sugerido por sua justaposição a uma fotografia parcialmente visível de outra figura, aparentemente amputada, agitando um membro deformado. Esta imagem intrigante dentro de uma imagem é o estudo de Druet do "Monumento a Victor Hugo" de Rodin. Como era costume com Druet, a imagem de "A Mão Apertada" é uma ampliação. O foco levemente desfocado resultante e a tonalidade acinzentada desbotada acentuam a atmosfera inquietante e mórbida. Sob sua luz fria, a imagem é quase alucinatória. A assinatura de Rodin, inscrita no negativo ao lado da de Druet, faz da fotografia uma extensão de seu próprio trabalho.

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